Reflexão - Obras escolhidas

domingo, 19 de junho de 2011 Marcadores:


Richard Rolle.

Todo contemplativo ama a solidão, pra não ser atrapalhando por ninguém e poder praticar os próprios desejos com mais freqüência e maior fervor. Daí, portanto, saber-se que a vida contemplativa é mais digna e mais meritória do que a vida ativa; e todo os contemplativos, amando a vida solitária pela intervenção de Deus e por causa da doçura da contemplação, são especialmente fervorosos no amor.

Um homem verdadeiramente contemplativo sai em busca da luz invisível com desejo tão grande que muitas vezes é considerado louco ou insano. Isso acontece porque sua mente está muito inflamada pelo amor de Cristo, sua postura física muda externamente e o corpo também se afasta de todas atividades terrenas, o que faz esse filho de Deus parecer estar fora de si.

Uma alma devota entregue à vida contemplativa, repleta de amor eterno, despreza toda a vanglória deste mundo e, alegrando-se apenas em Jesus, deseja ser libertada; porque ela é desprezada por quem ama e saboreia o mundo e não o céu, e ela anseia ardentemente pelo amor e com força deseja entregar-se as alegrias que a adversidade mundana não pode prejudicar, na bela companhia dos anjos. Não há nada mais proveitoso e nada mais maravilhoso do que a graça da contemplação que nos eleva desta baixeza e nos oferece a Deus.

Que é a graça da contemplação e não ser o começo da alegria? O que é a perfeição da alegria a não ser a graça confirmada? Nela estão guardadas para nós uma alegre felicidade e feliz alegria, uma gloriosa eternidade e glória eterna, para vivermos com santos e coabitarmos co anjos.

E o que está acima de todas realidades é conhecer a Deus verdadeiramente, amá-lo com perfeição, vê-lo no esplendor de sua majestade e louvá-lo infinitamente com cânticos e melodias repletas de júbilo. A ele se renda adoração e júbilo com ações de graças, por todo sempre.

Amém.

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