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segunda-feira, 7 de março de 2011 Marcadores:



Por Mondo Cane

Apesar do protagonismo internacional do Brasil nos últimos anos, ainda é comum no imaginário estrangeiro a ideia de que somos, predominantemente, a terra do carnaval, do futebol, do samba, do mar, das mulheres etc. Sem abandonar a defesa de nossa cultura e atributos naturais, pelo contrário, nosso país é muito mais diverso e múltiplo.

Em artigo recente, a revista The Economist examina o excelente momento em que passa o Brasil na produção de ciência e tecnologia. O texto deixa claro que o resultado extremamente positivo nessa área foi alcançado durante os 8 anos de Governo Lula.

Lula, sempre criticado por boa parte da grande imprensa e da elite devido à sua “falta de títulos acadêmicos” criou 214 escolas técnicas, 14 universidade (inclusive a do ABC) e mais 124 extensões. O governo FHC não criou nenhuma escola técnica federal, nenhuma universidade e cortou substancialmente recursos das agências federais de financiamento à pesquisa, como CNPq e Finep.

Entre outros pontos, a revista inglesa destaca a formação de meio milhão de bacharéis e 10 mil doutores por ano, além do aumento de 1,7% para 2,7% da participação do Brasil na produção de ensaios científicos entre 2002 e 2008; bem como o reconhecimento internacional da liderança brasileira em bioenergia, botânica e medicina tropical.

O ex-Ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula, Sérgio Rezende, em entrevista à Rede Brasil Atual, afirma que durante a administração passada, tivemos o melhor momento do Brasil no setor. Justifica sua declaração com alguns números, como o empréstimo de R$ 1,5 bilhão em 2010 pela Finep para o fomento científico e tecnológico, sendo que a média até 2002 era de somente R$ 100 milhões. No mesmo período, sublinha a elevação do orçamento do Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico de R$ 350 milhões para R$ 3,2 bilhões e o crescimento dos recursos do Programa Espacial Brasileiro de R$ 70 milhões para R$ 400 milhões.

No último mês de novembro, a UNESCO publicou um relatório sobre a situação da produção científica no mundo. Nele constatou que nosso país é o 13º maior produtor de ciência, tendo publicado 26.482 artigos científicos. 90% das universidades públicas.

No ABC há também grandes perspectivas para a geração de ciência e tecnologia. Entre elas, informa a última edição da revista INOVABCD, a empresa sueca Saab implantará em São Bernardo um centro de pesquisas com investimento de US$ 50 milhões. Em parceria com a Universidade Federal do ABC e o Centro Universitário da FEI, a nova instituição trabalhará nas áreas aeroespaciais, segurança civil, inovação urbana e defesa.

Ainda há muito que crescer no setor para podermos alcançar a média dos países capitalistas centrais, mas os primeiros passos foram efetivamente dados. Cabe às empresas e aos governos seguirem ampliando e melhorando suas políticas e investimentos.


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